sábado, 15 de março de 2008
Pistas do ontem...Passos do amanhã
O homem sempre se comunicou. Desde tempos remotos, através de ruídos, sons, desenhos e pinturas em pedras, ele já sentia a necessidade de “expressar alguma coisa”: Uma espécie de registro do que era significativo ao seu redor. A natureza era ao mesmo tempo familiar e desconhecida, muitas vezes sendo motivo de curiosidade, medo e admiração.
Para pintar usavam materiais como argila, sangue e excrementos humanos. Os desenhos mais frequentes nas paredes das cavernas são os de animais. Fruto de observações durante a caça ou um aviso de perigo. Técnicas como o uso do claro e escuro chamam atenção por representar bem os volumes, tamanhos e formas do que viam.
Já as figuras humanas, em menor quantidade, aparecem sob formas de rituais, como a dança ou registrando um confronto durante a caça. Inspiração, temor, sobrevivência...eram transformados em imagens carregadas de significações.
Os homens do paleolítico foram quem sabe os primeiros “informantes” da humanidade. Utilizaram objetos feitos de pedra que para a época representavam um avanço. Sem falar na qualidade das pinturas rupestres que impressionam pelo realismo.
Tetos e paredes das cavernas pousam de telas, para uns, de forma "primitiva", instintiva, para outros, artística de registrar o mundo a sua volta. O conhecimento legado é fruto do compartilhar de percepções e interpretações daquele olhar "primitivo" de ontem tão presente no "hoje" e decisivo para os próximos passos do "amanhã".
A "nova" com.unic@ção
Em tempos modernos, a comunicação adquire suportes diferentes, surge a Internet. Cada vez mais, ela torna-se acessível. O computador é o suporte. Através dele produzimos o que quisermos. Temos direito e liberdade para expressarmos os nossos pensamentos.
Ela democratiza oportunidades para sermos tanto “autores” como leitores, podemos criar, aprender e interagir com nossos semelhantes...Tempos novos, ferramentas modernas. A Comunicação adquiriu formas maleáveis sendo adaptadas aos moldes da tecnologia.
Tivemos receio que a televisão fizesse o rádio desaparecer, que a Internet abolisse os livros. E agora surge uma nova indagação: será que a Internet irá tomar o lugar do jornalista? É interessante que a encaremos como uma forma de complementar nossos trabalhos. Ela é mais uma opção de redação laboratorial do jornalista.
No fim das contas, todos querem dizer as mesmas coisas de formas e em meios diferentes. A comunicação taí para todos nós, até mesmo o silêncio comunica algo...no entanto a forma de uso e apropriação da mesma faz toda diferença. As intenções e interesses alheios são responsáveis pelos fins..criadores ou destrutivos.
Não devemos temer as ameaças em torno da extinção do jornalista. Sendo fruto de um trabalho consciente, informativo e de verdadeira utilidade pública, ele sempre terá espaços: reais ou virtuais... Mesmo no ciberespaço!
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