Lá estava ele
Rodeado de pessoas
E admiradores
Lá estava Evandro
Espremido num cantinho
Da parede acadêmica
Flashes confirmavam
Era ele que estava ali!
Cercado de afetos
E curiosidades
Tinha em mãos
Não uma câmera
E sim, uma muda
De "Pau-Brasil"
Que plantara no canteiro
da Universidade
Em terras sertanejas
Sementes, frutos do
hoje e do amanhã...
E a "coitada" da plantinha
Ameaçada pelas possíveis
Pisadas e pegadas
Dos que se contorciam
Na busca do melhor ângulo
De Evandro?!
Mas era ele..
Seu percurso era guiado
Pelo embalo alheio
Seus passos pausados
por atos de reverência
Reflexos do próprio mérito
Braços, beijos, toques
Olhares hipnotizados
Mãos, abraços e cheiros
Numa polifonia de sentidos
Sensações e desejos...
Era ele o foco
Sua presença se estendia
Numa noite especial
Noite de sonho
Meio mágica, meio real
E em meio a palavras sábias
Desabafos e ensinamentos..
Barulhos de um trator
Que estava próximo
Ameaçavam interromper
Na certa, para eles
Era apenas mais "uma noite"...
Em contato com suas fotos
De vez em quando despertava!
O criador estava presente
Era mesmo uma noite
diferente
Uma figura simples
Mestre no que faz
Acessível a nós
Embasbacados...
Cheios de orgulho
Vaidades e glamour
