quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Esperando o "bando" passar...




Durante as eleições, as ruas ganham mais cores, tintas, formas e praças novas, buracos são tapados, obras são retomadas e até concluídas...O que é isso?! Milagreições...

Palavras bonitas e discursos entram em ação e inspiram o político. É a fase mais generosa...Se não fosse apenas na "teoria". O discurso político é da boca pra fora. É não sentido por ele mesmo. É apenas interpretado, encenado e fingido. Um discurso vazio e cheio de promessas. Vazio esse que é reflexo da ausência de consideração aos propósitos voltados à sociedade. No fundo, o político, munido de dinheiro, mendiga ao povo, que por sua vez, munido do voto escolhe o final. Quem é rato? Quem é o gato?

Voto e cidadão se (con) fundem. O voto se personifica. O desejo do político por ele (voto) se transforma em "simpatia" e extrema admiração por nós. Transferencia de valore$. Na cabeça do político, o voto representa cédulas. A urna é o cofrinho eleitoral. Nas eleições, aparece de tudo mesmo: atores, palhaços, intérpretes, heróis, gênios da lâmpada, santos e mágicos. Cada político com seu talento "artistíco"...Cada obra!!

Eleição para muito é sinônimo de "farra". Nesse período, a cidade se transforma em uma verdadeira festa. Não parece um dia normal da semana e sim, um verdadeiro carnaval...com direito a fogos de artificios , movimentação, músicas, digo...as paródias ( grandes obras), pessoas bebendo, conversando, "fantasiadas"...cheias de adesivos pelo corpo, vestindo cores, números e sustentando bandeiras. E vão confiantes que um dia tudo vai mudar e por enquanto dançam...e vão dançando...um ritmo desarmonizado pelo jogo de interesses.

Sabem que estão munidas de crédito temporário chamado "voto". O poder por enquanto é nosso. E em meio a fumaças de fogos e de carnes, pairam no ar felicidades efêmeras e "promessas" de uma longa novela que já sabemos o fim, mas insistimos em pagar pra ver. E o espetáculo continua...movido a álcool e a churrasquinho.

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