segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Satélite de Tróia?!

Homens e máquinas são falhos. A ciência, também, pode falhar. Tais expressões tornam-se muito mais “claras” após a notícia da “visita” prevista do já inativo satélite americano “Uars” em nosso planeta Terra. Situações como essa sempre aconteceram. Não é de hoje. Porém, na maioria das vezes, ao entrar em contato com a atmosfera, essas máquinas se desintegram. E como a maior parte do planeta é formada por água, os fragmentos de satélites caem com maior freqüência no mar ou em áreas não “habitadas”.

A mídia anuncia, porém, que dessa vez, é mais fácil ser “presenteado” por alguma peça do satélite do que ganhar na loteria. Consolador? Sensacionalismo? Vamos torcer para que seja mais um dramalhão midiático. O que é diferente de concordar com essa previsível postura da mídia de ofuscar os “verdadeiros” problemas.

Apesar do alerta, é inevitável não questionarmos alguns pontos da nossa existência, da nossa atualidade. A metalinguagem presente na dinâmica da relação criador – criação nos inspira a muitas reflexões e até confunde. São vários paradoxos e mistérios que, ainda hoje, povoam nossa mente: Criador do universo? Criador do criador? Criação do universo? Ausência de criador? Autocriação? Pode ser que nessa aparente “confusão cósmica” traços da própria essência do equilíbrio, formação e contradições do universo estejam presentes.

Estamos tão desconfiados com o que acontece no mundo que pensamos: “Será que é verdade a queda desse satélite?”, Qual será o interesse estrangeiro agora? Alguma nova onda para disseminar vírus, surpresas desagradáveis, doenças, seres nocivos, destruição, malefícios? Novas tecnologias elaboradas para tentar copiar, roubar, “imitar” detalhes das preciosidades, originalidades, recursos e riquezas do nosso paraíso? Fantasias e possibilidades, realmente, perdem-se na fronteira e nos roteiros da nossa vida real.

O mais interessante é constatar em meio a tanta ausência de certezas, essa mania que temos de “segurança”. Torcemos para que a lei da gravidade nunca falhe... Mesmo sem entender direito como isso “funciona.” Nem passa pela nossa cabeça que corpos celestes estranhos colidam com nosso planeta.

É engraçado imaginar que estamos vagando no espaço, girando, passeando no Universo, dançando conforme a valsa do mundo, dos astros, e mesmo com todo avanço e espetáculo das mais exuberantes tecnologias estamos totalmente desprotegidos, a mercê do acaso, quanto a possíveis colapsos, colisões, impactos fulminantes e visitas indesejadas desses perigos. Qual segurança o progresso garantirá? Quais certezas além da real vulnerabilidade e ameaças constantes à vida?

Por outro lado, podemos nos orgulhar de podermos ser avisados a respeito das catástrofes com certa antecedência... Em meio a tantas dúvidas, isso já é um progresso. Mesmo com tantas hipóteses, alguns fatos não podem ser banalizados. A exemplo da freqüente poluição sideral realizada pelas máquinas, enviadas por estudiosos e ambiciosos, o conhecido “lixo espacial”, e a insegurança quanto ao retorno (ao nosso planeta) das sucatas perdidas no espaço.

Pode até soar como ignorância ou ingratidão diante do monstruoso progresso e “arsenal” da ciência tecnológica em busca dos entendimentos da existência através de estudos minuciosos da rotina cósmica, mas não podemos nos tornar reféns das máquinas.

Responsabilidades precisam ser consideradas, planejamento e rotas estratégicas devem ser melhor estudadas visando maiores controles nos resultados. Pesquisas são bem vindas, porém os cuidados com o universo são cruciais. Presente, Passado, Futuro? Talvez esses significados não façam tanto sentido no espaço. Uma busca ao conhecimento espacial sem danos, sem prejuízos, sem poluição? Seria isso, realmente, ficção cientifica?

Para quem vive torcendo para ver uma estrela cadente por alguns instantes no céu ou avistar alguma nave espacial, a procura de algum tipo de interação/comunicação além-humana, não se assuste, ou melhor, assuste-se caso encontre destroços dessa “natureza”, pois a única certeza que eles têm é de que você realmente pode ser o escolhido.

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